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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Proposta de Trabalho n.º 2 | Memória Descritiva

Álvaro de Campos

No que diz respeito a Álvaro de Campos, o trabalho foi desenvolvido em duas fases. Primeiramente, recolhemos recortes de várias frases e/ou palavras que remetem para o perfil que traçámos deste heterónimo. Assim, entre as palavras eleitas estão “dúvidas” (em destaque), “fim do mundo”, “artificial”, “despedida”, “depressão”, … Todas estas são expressões que remetem para o sensacionismo, cansaço e urgência de Campos.
Todos os recortes foram, então, colados e, posteriormente, digitalizámos essa colagem. Já em formato digital, tratámos a imagem e, numa primeira versão, modificámos a cor, aplicando tons escuros e sombrios. Contudo, fizemos também uma segunda versão, que passou por distorcer a imagem, criando uma ilusão de profundidade da qual sobressai apenas a palavra “dúvidas”.
Entre as duas imagens não conseguimos optar por uma só e, portanto, apresentámos as duas como trabalho final.

Alberto Caeiro 

Alberto Caeiro foi, na minha opinião, o heterónimo mais fácil de representar. Recorremos ao cinzento, uma cor neutra, derivação do preto e do branco para expressar a simplicidade do autor. Na verdade a maior parte da nossa representação é feita através de um rectângulo cinzento que preenche parte da página. No canto esquerdo representamos um novo rectângulo colorido de um cinzento mais claro. Sobre ele escrevemos várias palavras utilizadas no poema de Alberto Caeiro que nos foi facultado. As palavras encontram-se coloridas através de um tom verde claro. Tal como tínhamos sugerido na primeira versão do projecto, Alberto Caeiro pode ser representado através de uma árvore. Desse modo,  desenhamos sobre as letras uma árvore que foi preenchida através de um verde mais escuro por forma a lembrar a natureza, tão característica deste heterónimo.
Decidimos escrever Alberto a letra mais infantil, apelando também ao grau de ensino do autor, a instrução primária. Encontra-se com um tamanho maior por forma a expressar a grandiosidade do escritor, pai dos outros heterónimos.

Ricardo Reis 

Procuramos representar Ricardo Reis através de um percurso construído através das palavras. Retiradas do poema analisado, pretendem construir um caminho identificativo do destino que Ricardo Reis defende. O tamanho das letras vai diminuindo à medida que seguimos nesse mesmo caminho. Através da filosofia do autor, decidimos escrever a letras douradas, que lembram o classicismo do heterónimo, a palavra "Momento". A primeira e a última letra, ou seja o M e O estão incompletos tentando a representação do Carpe Diem, na medida em que devemos aproveitar cada instante que a vida nos oferece. O momento é um instante irrepetível e efémero. O tamanho da letra é também superior aos restantes de forma a que essa filosofia seja realmente enfatizada.

Conclusão

A proposta de trabalho nº2 tinha como objectivo fazer-nos compreender que a letra, enquanto elemento gráfico, comunica e transmite mensagens.
A juntar a este objectivo, e na nossa opinião para o alcançarmos melhor, a proposta remetia para um tema que nos é próxima e familiar. A nosso ver, foi um trabalho muito interessante e entusiasmante.
A parte de contextualização e desconstrução de cada um dos heterónimos foi fundamental para que, depois, conseguíssemos decidir qual a verdadeira mensagem que queríamos transmitir.
Mais ainda, o uso de programas de desenho vectorial de forma mais intensiva foi muito benéfica para nós. Apercebemo-nos de que ainda tínhamos bastantes dificuldades e que tínhamos de as ultrapassar – tal como acabou por acontecer.

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