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quarta-feira, 30 de março de 2011

Heterónimos | Fernando Pessoa

Alberto Caeiro


 “Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
   Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é.
   Mas porque a amo, e amo-a por isso,
   Porque quem ama nunca sabe o que ama
   Nem por que ama, nem o que é amar...”


Caeiro apresenta-se como um "simples guardador de rebanhos", a quem só importa absorver de forma natural e objectiva a realidade, "pensar incomoda como andar à chuva". Deseja integrar-se na natureza através da visão e da audição. E por isso pensa, ouvindo e vendo.
Assume-se como um verdadeiro sensacionalista, reduzindo o sentido das coisas à percepção da cor, da forma e da existência. O mundo é visto sem necessidade de explicações, e por isso, o facto de existir já é maravilhoso. Não existe princípio nem fim. Caeiro aproveita cada momento da vida e cada sensação na originalidade e na simplicidade que existem.
Perante esta breve apresentação, "o guardador de rebanhos" é para mim o "poeta do olhar". Como tal, a verdadeira essência das coisas encerra-se nelas mesmas. A simplicidade da uma flor, a grandiosidade de uma àrvore, a suavidade dos prados, todas a sensações são entendidas conforme a nossa visão e a nossa audição. O pensamento do homem é apagado, e portanto, a percepção do mundo é retida através do primeiro olhar.
O "argonauta das sensações verdadeiras" é para mim simplicidade e inocência. A sua personalidade é vaga e extremamente despreocupada com a sequência natural da vida. 


Ricardo Reis



Atrás não torna, nem, como Orfeu, volve
Sua face, Saturno.
Sua severa fronte reconhece
Só o lugar do futuro.
Não temos mais decerto que o instante
Em que o pensamos certo.
Não o pensemos, pois, mas o façamos
Certo sem pensamento.

Educado num colégio de Jesuítas, Ricardo Reis, é um poeta clássico, de serenidade epicurista, que aceita com calma  e lucidez, a relatividade e a fugacidade de todas as coisas. A sua filosofia é baseada num epicurismo triste, uma vez que defende o prazer do momento. "Carp Diem" é o caminho da felicidade, no entanto, para alcançar a felicidade não devemos ceder aos impulsos dos instintos (estoicismo).
Ricardo Reis tem noção da brevidade, da fugacidade e da transitoriedade da vida, pois sabe que o tempo passa e tudo é efémero, sendo o destino inelutável. Considera que a verdadeira sabedoria e viver de forma equilibrada e serena, "sem desassossegos grandes".
Para definir este Heterónimo pensei em adjectivos como. clássico, fugaz, efêmero e quietude.


 Álvaro de Campos




Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.

Campos surge em Fernando Pessoa como "um impulso de escrever". Ao contrário dos dois heterónimos anteriores, este autor é o "filho indisciplinado da sensação e para ele, a sensação é tudo", apreendendo de Caeiro a urgência de sentir, não lhe bastanto sentir as coisas como elas são. Álvaro de Campos, procura a totalização das sensações e das percepções, desejando sentir tudo e de todas as maneiras.
Fernando Pessoa caracteriza-o como vanguardista e cosmopolita que exalta em tom futurista, a civilização moderna e os valores do progresso. Torna-se completamente confuso, a ponto de tentar sentir "tudo e de todas as maneiras", o que o transforma a sua escrita violenta.
Esta contextualização leva-me a classificar Álvaro de Campos como um poeta modernista/futurista, que encerra em si mesmo três fases especiais. A primeira, a fase do decadentismo em que há necessidade de sentir e experimentar sensações; a segunda, a fase sensacionalista, que compreende a celebração do triunfo da máquina e da energia mecânica.E por último a fase do pessimismo, onde Álvaro de Campos percebe que realmente, não conseguiu sentir nada, pois foi incapaz de tantas realizações.
Este heterónimo é para mim confusão, ruído, revolta e frustação.



sábado, 26 de março de 2011

Tipografia em Portugal

A sociedade do pós- Idade Média portuguesa necessitava de se habituar à novas ideias e aos novos conceitos que assolaram o século XV. O tempo de elaboração do manuscrito deveria ser encurtado de forma a corresponder ao novo ritmo característicos dos novos tempos.
No entanto, a multiplicação barata e rápida de livros só encontrou resposta com a invenção de Gutemberg. A impressão veio alterar as relações culturais, políticas e económicas da Europa, algo que se mantinha imutável desde há muitos séculos.
Transpondo as fronteiras Alemãs, a arte tipográfica chegou até Portugal em 1487 pelas mãos dos judeus.
Por volta de 1490, os Reis Católicos Isabel e Fernando, ordenam a expulsão de todo o povo judeu do território espanhol. Tal acontecimento, massifica a entrada judaica em Portugal e altera a estabilidade da comunidade hebraica presente no nosso território.  A sua presença, contudo, foi abalada com a emissão do um édito por D. Manuel I que ordenava a expulsão dos "herejes descrentes da cruz". Embora, a comunidade fosse impedida de sair do nosso país por via marítima, o que, permitia a sua presença em Portugal.
Pressionado pelo Clero e pela Nobreza, que acusaram o Rei de ser muito tolerante, bem como as ameaças de Espanha vizinha, D. Manuel I, acaba por proceder ao aniquilamento de todas as oficinas hebraicas em Portugal.
O que, segundo Ribeiro Santos, terá sido um grande erro:
" O ódio com que olhávamos os hebreus (...) o temor de que por meio da impressão se propagassem as doutrinas de Talmud (...) excitaram os clamores de alguns cristãos que, com mais piedade do que sabedoria, desaprovaram indistintamente todas as obras de hebraísmo e trabalharam por arrancar em seu mesmo nascimento este ramos de literatura sagrada, de que podíamos ter colhido grandes frutos"

Aquando da assinatura do édito, já haviam sido impressos em Portugal, dois livros "O Sacramental" e o "O Tratado de Confissom", ambos em Língua Portuguesa e no concelho de Chaves. Mais tarde, chegaram até ao Território Português impressores alemães que foram responsáveis pela impressão da maioria dos nossos incunábulos.

À Tipografia introduzida em Portugal por artistas judeus, não pode ser escamoteado o seu papel civilizador e motivador, que fez com que os portugueses se reencontrassem com a Europa e com o Mundo.

A tipografia portuguesa terá sido marcada, nos seus primórdios, pela estética espanhola, uma vez que Zamora, Barcelona e Sevilha foram alguns dos mais importantes centros impressórios da Europa


Bibliografia: Pacheco, José. 1999, A divina arte negra e o Livro Português, Editora: Vega

quarta-feira, 23 de março de 2011




Tipografia

A tipografia vem do grego typos = "forma" , e  graphein = "escrita",  e é por isso, o processo de criação de tipos,  metálicos ou fontes digitais. Sendo que, se entende por tipo “um conjunto de caracteres (letras, números, sinais e eventualmente símbolos) que compartilham as mesmas características estéticas,  e que estão destinados à impressão"
Não é um conceito recente. Muito pelo contrário. Há cerca de 5000 anos atrás, antes de serem criados (e até pensados) os alfabetos, os habitantes pré-históricos da Terra, mais concretamente da Península Ibérica, ilustravam pedras de xisto para identificar os membros dos diferentes grupos que constituíam os povos. Estes registos fixavam relações familiares e sociais, sendo no entanto, documentos sem caracteres ou hieróglifos, mas não menos explícitos.
Parte dos xistos que retém estas informações foram encontrados em Antas ao lado de diferentes indivíduos. Estes eram, assim, registados e ficavam “arquivados” num registo global, mas descentralizado por centenas de túmulos megalíticos que foram erguidos no território hoje português e espanhol. as pinturas do homem pré-histórico contribuíram para a evolução dos alfabetos e da própria tipografia.
As “primeiras linguagens” usavam sobretudo pictogramas para se expressar. Mas por vezes, as imagens não eram suficientemente explícitas e por isso foi desenvolvida a ideografia (união de dois ou mais símbolos de forma lógica).
Após a junção de vários pictogramas, os antigos começaram a interpretar sonoramente aquilo que viam e surgiram os primeiros fonogramas.
Estes três sistemas de escrita eram utilizados na escrita hieroglífica egípcia. O povo era proibido de escrever, sendo este tipo de escrita utilizado unicamente pelos Reis e Sacerdotes.




Da herança egípcia, os fenícios apenas utilizaram alguns dos sinais fonéticos na construção do seu alfabeto que é a base de todas as escritas alfabéticas. O facto de ser simples e fácil de entender, aliado a expansão, devido à actividade comercial realizada pelos fenícios, tornou-o bastante popular a ponto de se difundir pelo mundo.
Os gregos criaram o seu alfabeto, utilizando parte dos símbolos de escrita fenícios, no entanto de uma forma mais geométrica, devido à reprodução das mesmas em pedra.
Numa evolução ainda mais profunda, os gregos introduziram as vogais a par de outras consoantes, ainda hoje existentes, alterando o nível fonético estabelecido até então. A versão usada em Atenas, o chamado alfabeto jónico, foi o padrão de referência para a Grécia clássica.



Avançando na cronologia, surgem os romanos, que aplicam parte das formas gregas nos monumentos e no serviço governamental. As letras romanas esculpiam-se sem acabamento e com hastes de grossura regular. Só com o aperfeiçoamento das ferramentas para trabalhar a pedra, é que se desenvolveram as terminações designadas por patilhas ou serifas. Os Romanos utilizavam essencialmente os seguintes tipos de letra:

Escrita Formal
Capitalis Monumentalis – Utilizada essencialmente em arquitectura, podia ser também utilizada em manuscritos
Capitalis Rustica – traçada a pincel era mais fácil de escrever e de ler, para além ser mais económica.
Escrita Informal
Cursiva Romana - utilizada na escrita do dia-a-dia. 






O cristianismo empregou alguns destes tipos de letras que, ao serem utilizados de forma mais fluída, simplificaram as letras e o seu próprio desenho. Esta evolução ocorreu de região para região, aumentando a diversidade de tipos de letra.



Antes de toda a tecnologia que caracteriza a impressão, os livros eram produzidos por escribas através de um demoroso e árduo trabalho.
No entanto, no século XV, Johann Gutemberg criou a impressão, processo que permitiu  "imprimir"em massa . "Bíblia de Gutemberg", em 1454, foi o primeiro livro a experimentar este método.
Embora, o alemão tenha massificado a impressão, os chineses já haviam ensaiado tal técnica em 1041. 

A impressão sofreu evoluções com o passar do tempo. No início do século XIX, a revolução industrial trouxe consigo, um método giratório e a vapor, que substituiu todo o trabalho manual. Mais tarde, durante o século XX, desenvolveu-se a fotocomposição bem como a impressão controlada por computadores. O século XXI acolheu a impressão digital, técnica realizada, exclusivamente, através de computadores.

Mesmo com todo este progresso, a composição tipográfica manteve os mesmos objectivos. Deve ser especialmente legível e visualmente envolvente, sem nunca desconsiderar o contexto em que é lida e os objectivos da sua publicação. Para isso deve existir uma escolha adequada das fontes tipográficas, da cor das mesmas bem como a sua relação com os elementos gráficos da página.

" A imprensa é um exército de 26 soldados de chumbo, com os quais podemos conquistar o mundo" Johann Gutemberg


Bibliografia:

Ferraz Naieni. 2010, Tipografia & História: Um estudo sobre as Revoluções Estéticas no Desenho da Letra Impressa. 
(http://www.designemartigos.com.br/wp-content/uploads/2010/05/naieni_monografia_baixa.pdf)

Heitlinger, Paulo. 2006, Tipografia: origens, formas e uso das letras



quarta-feira, 16 de março de 2011

Memória Descritiva | Proposta de Trabalho n.º 1

Introdução

“A Dança dos Pássaros” de António Pinho Vargas apela a uma sonoridade característica da paz.  Vários motivos levaram a que escolhêssemos esta música. Podemos destacar alguns, como o facto de a música não ter letra (ser apenas acústica) e permitir que a nossa imaginação fosse para além do “guião base”. Também o facto de a melodia ser diferente daquilo que é hoje “moda” entre os jovens foi um factor decisivo na escolha.
Ouvindo e relembrando várias vezes o som, partimos para a acção, ou seja, exprimir os sentimentos que a música nos impele através dos elementos básicos de comunicação.
Sendo os elementos básicos da comunicação diversos, decidimos escolher apenas a linha, a forma, a cor, o tom e a textura.
A música supracitada foi dividida em três partes lógicas que nos permitem, assim, levar o trabalho a bom porto. A divisão mencionada é a seguinte: infância; idade adulta: velhice.
Estas três fases da vida remetem para interpretações diferentes, como tal, na parte correspondente a cada uma delas não foram usados os mesmos elementos básicos da comunicação acima mencionados. Também o enquadramento fez com que os três conceitos fossem tratados de forma distinta no quadrado e no círculo. Contudo, existe uma ligação clara entre os dois campos.

Materiais Utilizados

Quadrado
  • Cartolina azul-escuro com textura (12x12 cm)
  • Papel Branco
  • Plasticina (branco; verde; amarelo; laranja; rosa; vermelho)
  • Linha (violenta; laranja; vermelho; amarelo)
  • Cartolina castanha
  • Papel azul-turquesa com textura

Círculo
  • Cartolina preta
  • Tule (laranja; verde; rosa; azul)
  • Cetim lilás
  • Sarja azul-escuro
  • Plasticina branca
  • Linhas (laranja; lilás)

      
       Procedimento


Quadrado
O quadrado foi dividido em três partes, ou seja, em três rectângulos de dimensão 4cm x 12cm. Cada um destes novos rectângulos será representativo de cada uma das três etapas da música (infância; idade adulta; velhice)
Delineamos como primeira parte a infância e por isso, pensamos, de imediato, em muitas cores (amarelo, verde, branco, laranja, rosa, vermelho), em muitas texturas e curiosamente em doces - chupa-chupas! Para representar esta interpretação recorremos a espirais construídas em plasticina nas diferentes cores apresentadas. As expirais dispõem-se no campo de forma simples e regular, por forma a simbolizar a inocência, muito embora as diferentes cores transmitam uma sensação de alegria e despreocupação. 
A segunda parte prende-se com o evoluir da idade adulta, e por isso, com decisões a tomar, com caminhos a seguir...  As encruzilhadas da vida. No que toca a cores, pensamos em cores quentes e formais (vermelho, laranja, lilás e amarelo), já que a idade adulta é o Verão da vida, o apogeu da existência. Para representar esta encruzilhada de caminhos usámos uma sobreposição de linhas, de modo a demonstrar a confusão e as dificuldades inerentes a esta etapa da vida.
Por fim, a velhice preenche o último rectângulo. Esta temática sugere equilíbrio e estabilidade: o encaixe do puzzle, o fim da etapa! Os tons foram mais escuros, cores que descrevam o final de um longo ciclo. Utilizou-se uma cartolina castanha para construir duas formas que sugerem o último encaixe do puzzle. Ou seja, o cortar a meta da longa corrida que foi a vida.
Existe um crescendo de rectângulo para rectângulo. Isto é, tentamos elaborar uma espécie de escada que encurta a área dos rectângulos seguintes. O objectivo foi demonstrar a efemeridade da vida e do ciclo que representa a " Dança dos Pássaros". Utilizámos, para tal, uma cartolina branca revestida com um papel azul com textura, para realçar o contraste, uma vez que esta escada é fundamental na interpretação da composição visual e, logo, da música.

Círculo
                O círculo foi, tal como o quadrado, dividido em três partes. A primeira, mais exterior, corresponde à infância e foi trabalhada segundo as técnicas de comunicação visual: irregularidade e espontaneidade. Nesta parte utilizámos tule de diferentes cores (textura e cor), reflectindo, tal como no outro campo, a alegria e a ingenuidade das crianças.
            Na parte central, que representa a idade adulta, optamos por colocar apenas um círculo de cetim de menor diâmetro, cuja cor (lilás), remete para a formalidade e a orientação associadas ao auge da vida. É importante salientar que há um grande contraste entre a parte reservada à idade adulta nos dois campos (quadrado e círculo). Se no primeiro representámos a confusão e as encruzilhadas da vida, no segundo centramo-nos mais na formalidade e responsabilidade tão características dos adultos.
            O centro do nosso círculo é composto por um círculo de tecido escuro no qual assenta uma espiral branca que tem por função transmitir a efemeridade e a sequência da vida.


      Conclusão Final

Quadrado & Círculo

A proposta de trabalho nº 1 tinha como principal objectivo colocar os alunos a observar o mundo de uma forma diferente. Mais em concreto, era desejável que transmitíssemos através dos elementos básicos da comunicação aquilo que sentíamos face a uma música.
A dança dos pássaros fez-nos percepcionar o conceito de vida de um outro modo, dando mais importância a cada uma das etapas que constituem o ciclo da vida.
O resultado final é do nosso agrado e, a nosso ver, representa os sentimentos que a música nos transmite: alegria e ingenuidade, confusão e formalidade, tranquilidade e equilíbrio.
É de notar que foi muito mais fácil trabalhar o quadrado do que o círculo!!!!!


quarta-feira, 9 de março de 2011

Segunda Versão do Projecto I

Durante o decorrer da aula do dia 9 de Março, eu e a Ana, a minha colega de trabalho, concluímos que seria melhor direccionar o nosso tema a uma só perspectiva.

Assim, a nossa divisão final culmina no seguinte:

Infância
Idade Adulta
Velhice

Perante o enquadramento que nos foi proposto, Quadrado e Círculo, resolvemos trabalhar ambos os campos de acordo com as seguintes técnicas de comunicação visual:

Quadrado




Infância
Simplicidade, Espontaneidade




Idade Adulta
Instabilidade, Espontaneidade, Actividade



Velhice
Equilíbrio, Harmonia, Estabilidade


Tal como a figura sugere, decidimos dividir o quadrado em três partes, ou seja, em três rectângulos de dimensão 4cm x 12cm. Cada um destes novos rectângulos será representativo de cada uma das três etapas da música.
Delineamos como primeira parte a infância e por isso, pensamos, de imediato, em muitas cores (amarelo, verde-alface, azul turquesa, etc), em muitas texturas e curiosamente em rebuçados! Daí as espirais. 
A segunda parte prende-se com o evoluir da idade adulta, e por isso, com decisões a tomar, com caminhos a seguir...  O labirinto da vida. No que toca a cores, pensamos em cores apelativas ao Verão como o laranja, o vermelho e o castanho, já que a idade adulta é o Verão da vida.
Por fim, a velhice preenche o último rectângulo. Esta temática sugere equilíbrio, o encaixe do puzzle!
Os tons serão mais escuros, cores que descrevam o final de um longo ciclo.
Como se percebe na primeira imagem, existe um crescendo de rectângulo para rectângulo. Isto é, tentamos elaborar uma espécie de escada que encurta a área dos rectângulos seguintes. O objectivo é demonstrar a efemeridade da vida e do ciclo que representa a " Dança dos Pássaros".



Círculo



Infância
Simplicidade, Variação

Idade Adulta
Instabilidade, Irregularidade, Actividade

Velhice
Equilíbrio, Regularidade

O círculo será preenchido apenas com tecidos adequados a cada tema.
Através de uma espiral e à semelhança do quadrado, dividimos o círculo nas três zonas acima supracitadas.
Pensamos em tule de cores muito vivas para a infância. Este tecido, devido à sua irregularidade, demonstra a folia, a diversão e a despreocupação. Em relação à idade adulta escolhemos sedas e padrões mais formais, tecidos que sugerem trabalho, vida activa e família.
A velhice, e portanto, o centro da espiral, será representada através de fazendas (tecidos mais pesados) e com tons mais escuros.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Exercício FreeHand

Estava prevista para hoje a estreia do novo canal da RTP. Devido a algo inesperado, foi adiado o lançamento da RTP Música.

Numa recriação, à minha inexperiente maneira, fica aqui o logótipo daquele que será o canal que congrega serviço público, música e televisão.


Parabéns RTP!

Primeira Versão do Projecto I

"A Dança dos Pássaros"

Interpretada pelo Maestro António Pinho Vargas, "A Dança dos Pássaros" foi escolhida por ser uma música diferente. Diferente do que ouvem os jovens actualmente, diferente da sonoridade presente no nosso dia-a-dia...
Embora haja distintas representações sobre a melodia apresentada, penso que todas culminam no seguimento seguinte:

Calma - Agitação - Calma


Tendo como ponto de partida esta divisão, pensei em vários temas que encaixassem nas três partes acima indicadas.

Calma: Amanhecer / Infância
Agitação: Decorrer do Dia / Idade Adulta
Calma: Anoitecer / Velhice

Posta esta interpretação, seguiu-se a seguinte etapa:
pensar em substantivos e adjectivos que fossem adequados à divisão conseguida.

Amanhecer / Infância:
Sol
Sorrisos
Crianças
Trabalhos Infantis (como desenhos)
Pequeno-almoço
Cores claras














Decorrer do Dia / Idade Adulta:
Movimento
Trânsito
Objectos de Trabalho
Rostos
















Anoitecer / Velhice
Escuro
Luzes Nocturnas ( candeeiros de por exemplo)
Idosos
Família Reunida
Fotos Antigas
















No fundo, penso que existe um adjectivo que representa toda a melodia, EFEMERIDADE.
E efémeros são a vida e o dia.
Daí a minha interpretação.

terça-feira, 1 de março de 2011

I Proposta de Trabalho

"A Dança dos Pássaros"





Aprender a expressar sentimentos...
O que sinto. O que vejo. O que imagino.
Ouvindo traço a minha interpretação, a minha história, o meu olhar...

Elementos Básicos da Comunicação

"Sempre que alguma coisa é projectada e feita, esboçada e pintada, desenhada, rabiscada,
construída, esculpida ou gesticulada, a substância visual da obra é composta a partir de uma
lista básica de elementos" (DONIS, 1991)



DONIS, A. A sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991, pp. 51-83.